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Perfil: Sandro Sestrem, o consagrado de Bethânia que transformou a dor em missão
Crédito da foto - Arquivo pessoal

Natural de Brusque, em Santa Catarina, Sandro Sestrem, 62 anos, percorreu um caminho de fé e superação que o levou a se tornar um nome de fé da Comunidade Bethânia, da qual é consagrado há 24 anos. Há pouco mais de um ano, ele assumiu a administração do recanto de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, da Comunidade Bethânia, onde, junto com a esposa, a também consagrada Fabíola Gomes Borba, trabalha com a missão de acolher, cuidar e restaurar vidas.

A história de Sandro na comunidade começou por um motivo pessoal: a busca pela libertação do vício. Ele revela que a primeira vez que teve contato com o Servo de Deus, Pe. Léo, foi um convite da irmã para ir à missa na Capelinha do Espírito Santo, no Colégio São Luís. Porém, naquela época, ele ainda não estava aberto para o processo de cura interior.
Foi somente mais tarde, em São João Batista, Santa Catarina, que teve a oportunidade de conhecer o Padre Léo, fundador da comunidade de forma genuína. O encontro, que ele descreve como um abraço confortante, seria um divisor de águas. “Ao final o padre Léo me abraçou e falou: não te perguntei sobre teu passado, não precisa falar. Vem cá. Me abraçou, me deu um beijo e disse: que bom que você veio, eu estava te esperando”, relembra Sandro.

Esse momento foi o início verdadeiramente da trajetória na Comunidade Bethânia. Logo, ele começou a se envolver nas atividades da comunidade, tornando-se monitor em três meses. A missão foi se tornando cada vez mais clara para ele. “Eu entendi o sinal, que era a minha missão. Juntar os caídos no mundo e levantá-los para Deus”, afirma.

O legado e convivência do Servo de Deus Padre Léo de Bethânia foi fundamental em na caminhada. As lições de perseverança, amor e fé nunca saíram de sua mente. “Só o amor é capaz de mudar o mundo. Só com a força do amor é possível mudar o mundo”, dizia o Padre Léo, e essa frase se tornou um lema para Sandro, que a carrega com ele até hoje.

Em um dos momentos mais marcantes da trajetória, Sandro teve a oportunidade de estar ao lado do Padre Léo pouco antes do falecimento. O Padre Léo, já no leito do hospital, lhe fez uma pergunta que ficou gravada para sempre: “Sandro, posso contar com você? Você vai continuar cuidando da Bethânia para mim?” Ele respondeu, com toda a certeza: “Sim, padre. Pode contar que eu vou sim. Eu vou me gastar como o senhor se gastou pela comunidade Bethânia.” Foi nesse instante que ele sentiu, com intensidade, que o sacerdote estava prestes a partir para a eternidade.

Com o falecimento do Servo de Deus Padre Léo, a responsabilidade de dar continuidade ao trabalho na Comunidade Bethânia passou a ser ainda mais presente para Sandro. Ele começou a formação como consagrado em 1999, tendo que enfrentar desafios pessoais, incluindo problemas de saúde. Mesmo assim, a determinação foi inabalável. “Eu não vou desistir da formação. Eu vou continuar mesmo, com dores, porque o Padre Léo confia em mim, ele acredita que eu posso ser um consagrado”, afirmou.

Sandro já passou por outros recantos da Comunidade Bethânia, incluindo Lorena (SP), Italva (RJ) e Guarapuava (PR), onde fez importantes obras, como a construção de uma capela que parecia impossível. Ele relata que o processo foi desafiador, mas a Providência de Deus sempre esteve presente. “Sempre com pouco recursos, a obra parecia demorar muito, mas em seis meses conseguimos inaugurar a igreja. Foi uma obra de fé e confiança em Deus”, destaca.

Hoje, em Uberlândia, Sandro segue com a missão de ajudar na expansão da comunidade, atualmente com foco na construção de uma ala feminina para o recanto. Ele se orgulha de cada passo dado, mas mantém sempre a humildade de reconhecer que a sua missão é uma missão de amor e serviço. “Quando eu cuido dos filhos, Deus cuida de mim, cuida da minha família e cuida da obra. A missão é cuidar, restaurar e ajudar Deus a restaurar os filhos e filhas que ele nos concede”, afirma com convicção.

Apesar de todos os desafios, Sandro nunca deixa de transmitir alegria. “Todo dia eu vou dormir alegre e feliz. Acordo mais feliz ainda, cantando a vida. Como aprendi com o Padre Léo, o consagrado de Bethânia não pode ser triste”, diz ele, sempre com um sorriso no rosto. E ele ainda cita uma frase do Papa João Paulo II que representa sua filosofia de vida: “Onde tem o consagrado, tem que ter alegria. ”

Hoje, com mais de 26 anos de caminhada, Sandro Sestrem segue firme na missão que o encontrou e que ele jamais imaginou para si. A história é um testemunho de fé, superação e amor ao próximo. Ele nunca imaginou que seria consagrado, mas, ao olhar para trás, ele sabe que a vida é um testemunho vivo do amor de Deus. "Ser Bethânia é algo muito importante", diz ele com gratidão.

 
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