Por Marcia Peixe
Ao percorrer os espaços do Recanto São João Batista (SC) é impossível não perceber sua presença. Ela está em cada construção, está no CEJU, no Centro Cultural Memorial Padre Léo, e, em nossa memória. Estou falando de Juscélia Maria Coelho Ludivg, a cofundadora da Comunidade Bethânia, que neste sábado, dia 28, recorda-se os 17 anos de sua eternidade.
Ela acolheu como ninguém os sonhos do Servo de Deus Padre Léo. No primeiro momento, ainda no Colégio São Luiz em Brusque (SC) com projetos relacionados à Capela do Espírito Santo, e depois com a fundação da Comunidade Bethânia. A amizade iniciada com ele naquele período, frutificou e trouxe para a missão uma das engenheiras civis mais renomadas da região.
Em Bethânia além de exercitar sua profissão ao projetar as construções de acordo com o desejo do Padre Léo, ela foi sinal de serviço e acolhimento. Acolheu em seu coração o sonho do amigo, que também sentia a necessidade de fazer mais pelos que já haviam perdido o sentido da vida. E na prática, isto se traduzia com a convivência aos fins de semana a partir da sexta-feira à tarde, da organização minuciosa dos retiros, pela proximidade com os filhos, filhas e crianças que viviam em Bethânia, exercendo verdadeiramente a maternidade, mesmo não tendo filhos biológicos.
Em uma homenagem escrita pelo moderador geral da Comunidade, Pe. Vicente de Paula Neto, no ano de 2018, ele destacou:
“No seu modo de viver com simplicidade colocando tudo a serviço do Reino, a começar do seu tempo, seus bens, seus dons em partilha e comunhão com toda a comunidade de vida, faz-nos recordar aquela passagem que conta que "O reino dos céus é também semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas, e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra” (Mt 13, 45-46). Bethânia se tornou na vida da Juscélia esta pérola de incomensurável valor que ela encontrou aqui na terra, e que hoje brilha radiante e eternamente no céu.”