Uma missão: Antes de Chegar das Drogas

CEJU - Centro Educacional Juscélia é uma espaço de dedicado à Educação e a Prevenção às Drogas

Por Marcia Peixe

Ao retomarmos a história do Servo de Deus Padre Léo, fundador da Comunidade Bethânia, encontraremos um profundo vínculo com a Educação. É possível verificar esta ligação desde sua trajetória como estudante, seguida de sua atuação como diretor-adjunto do Colégio São Luiz, em Brusque (SC), passando por seus esforços para a implantação da ESIC - Business & Marketing School, em Curitiba (PR) até a fundação da Comunidade Bethânia. 

Foi a partir destas experiências, que Padre Léo extraiu a melhor parte: entendeu que a Educação é um caminho que leva à Prevenção às Drogas e as consequências provenientes delas. Para Padre Léo, “Prever não é enxergar antes, mas sim, chegar antes. A prevenção verdadeira que podemos, devemos e precisamos fazer por nossos adolescentes e jovens, deverá ter início na infância”. Segundo, ele “as crianças são vítimas. Vítimas de uma sociedade que só se preocupa consigo mesma”. 

E acreditando nisto, foi que nasceu o projeto do CEJU – Centro Educacional Juscélia -, a escola da Comunidade Bethânia situada no recanto de São João Batista (SC), na Casa Mãe, que atende mais 250 crianças desde o berçário até o 5º ano do ensino fundamental, do bairro Timbezinho e arredores, por meio de uma parceria com a Prefeitura Municipal de São João Batista.

 

Neste projeto, uma homenagem póstuma à coofundadora, Juscélia Ludvig, engenheira civil, que materializou Bethânia por meio das construções e também por seu Amor pelos Filhos e Filhas de Bethânia. A amizade entre Padre Léo e Juscélia, iniciou no ano de 1992, em Brusque, durante a encomenda do projeto para a construção da Capela do Espírito Santo, no Colégio São Luiz. 

A partir deste período, ela conheceu o sonho do Padre Léo: fundar Bethânia e passou a auxiliá-lo nesta realização. Os projetos saíram do papel e se materializaram aos poucos, iniciando com a Casa Mãe, a primeira construção em Bethânia. 

Em registros, Juscélia afirmou: "Bethânia é um pouquinho de mim que estava guardado dentro do meu coração e eu não sabia. De repente, com o envolvimento, isso vai crescendo e vai preenchendo a gente de tal maneira! Agora não dá mais para parar. Tudo começou com a vontade do Léo, que foi partilhando as ideias e Bethânia foi nascendo."

Além de exercitar sua vocação como engenheira, em Bethânia, organizava a agenda de retiros, estava atenta às necessidades do Acolhimento, tinha uma verdadeira paixão pela arte e por Anjos, e sempre que estava no recanto, exercia a maternidade com os Filhos e Filhas de Bethânia. Em 2003, ela foi diagnosticada com câncer no útero. Já em 13 de agosto de 2004, ela foi internada no Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, onde faleceu em 28 de agosto, aos 45 anos.