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Como dar o primeiro passo para abandonar o mundo das drogas e do álcool?

Comunidade | 17 de Dezembro 2018
Como dar o primeiro passo para abandonar o mundo das drogas e do álcool?

O desafio de quem vive no mundo dos vícios é enorme. Lidar com algo que foge do controle – atrai e depois causa um vazio – é realmente uma realidade difícil. Mas em Deus e com o acolhimento necessário é possível restaurar a vida, a alegria verdadeira, a saúde e a fé.

Decisão

A caminhada para sair desse cenário é longa, mas independentemente de qual for o percurso e distância, o mais importante passo para começar é querer. É tomar uma decisão. Mesmo que você não saiba se terá forças para ir além, é indispensável essa atitude.

Reconhecer a necessidade de mudar de vida, de ver o brilho no dia a dia novamente ou encontrá-lo e torná-lo real. Desejar. Querer mudar. Ter sede de sair da sensação de sufoco, muitas vezes de morte e impotência é de fato o ponto de partida para o movimento de restauração.

Olhar para dentro

Admitir para si mesmo a realidade é difícil, mas é ainda mais quando o devemos fazer para os outros. É preciso verdadeiramente um despojamento, um propósito maior e ter a certeza de que nenhuma rua é sem saída para quem sabe olhar para trás.

Quando temos essa convicção de que primeiro de tudo nós precisamos querer lutar por nós mesmos, acreditar que a luta não está perdida, afinal, se Deus nos deu o dom da vida, nos deu junto a ela uma missão, que com certeza é ainda maior do que podemos ver.

É necessário ter coragem e só é possível tê-la em Deus. 

A coragem surge ao sabermos que Deus é o primeiro a nos acolher, mesmo em meio aos nossos pecados, em meio as nossas misérias... Ele é pai, e é misericordioso. Ele só precisa que voltemos para Ele e todo resto está protegido pela Sua graça.

E se Deus, que é todo-poderoso, o Senhor do Universo, nos acolhe na maior de nossas fraquezas, como podemos achar que as outras pessoas não o farão também, em sua simplicidade e tamanha humanidade?

Coragem!

Acolhimento

Depois da decisão, passo mais importante, é preciso reconhecer que somos humanos e sempre precisamos de ajuda, ainda mais quando estamos fragilizados por uma batalha que tanto atinge nossas forças.

Por que não aceitar ajuda? Se permitir ser acolhido, abraçado, verdadeiramente amado... Deixar o medo de lado, pois ele só nos paralisa. 

Buscar apoio na família e em organizações especializadas, e aos poucos dar um voto de confiança na mudança que pode acontecer na própria vida e na de uma família inteira é parte da caminhada. Pois quando mudamos para melhor, todos ao nosso redor são impactados, como um vírus que se espalha, assim também acontece quando a alegria de Deus invade, ela se multiplica e gera frutos.


Foco

Ter metas pode ajudar muito nesse processo. A meta diária é a principal. E assim, um dia de cada vez, mudamos uma vida inteira. É possível, sim! E justamente para dar a força necessária, também é bom durante a caminhada conhecer pessoas que já tenham passado pelas dificuldades que você passou, pois quando nos identificamos e vemos que alguém já conseguiu a restauração, isso nos revigora, nos faz voltar a acreditar em nós mesmos também.

Sabemos que a carne é fraca, que somos humanos e que as tentações do mundo estão por aí para nos tirar de nossos propósitos em Deus. Assim o é com os vícios. Mas como está no Evangelho segundo São Mateus:

Se teu olho direito é para ti causa de queda, arranca-o e lança-o longe de ti, porque te é preferível perder-se um só dos teus membros a que o teu corpo todo seja lançado no inferno. E se tua mão direita é para ti causa de queda, corta-a e lança-a longe de ti, porque te é preferível perder-se um só dos teus membros a que o teu corpo inteiro seja atirado no inferno” (Mt 5,29-30).

É preciso se conscientizar de lançar longe tudo aquilo que pode nos levar a pecar ou cair em tentação, e fazê-lo de forma drástica a fim de manter nosso propósito maior: Deus e a vida.


Paciência

Talvez essa seja a parte que mais exige resiliência na caminhada.

Após a decisão e sair do ponto de partida rumo a restauração, é preciso estar atento sempre. Ter muita paciência, calma, serenidade... Enfim, vigiar a si mesmo. Perseverar. E toda vez que for muito difícil, relembrar toda a trajetória conquistada até aquele ponto, valorizar todas as superações e mudanças, recordar os males da vida que se tinha antes da transformação e então recuperar as forças.

Claro que isso tudo é muito prático, mas é preciso ir muito além se realmente se quer a verdadeira mudança. Nada disso funciona plenamente sem estar na presença de Deus, sem o alimento da Palavra, sem passar pelo sacramento da Penitência, ou até mesmo, por uma reiniciação cristã para os que ainda não tiveram a experiência de um encontro com Jesus. Fortalecer a vida espiritual em Cristo é que contribui para ter força e para pedir a proteção de Deus todo tempo contra as ciladas do mal.


Saibamos reconhecer que sozinhos e sem Deus tudo é mais difícil. E enfim nos sintamos dignos do acolhimento que nos traz de volta à vida, nos traz de volta a Deus e nos abre à restauração.

 
 
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